
A Polícia Civil efetuou a prisão de um homem de 59 anos, na última sexta-feira (12), na cidade de Canabrava do Norte. Ele é o principal investigado no crime de estupro de vulnerável contra sua própria sobrinha-neta, uma criança de apenas sete anos. A avó da menina também está sob investigação por, supostamente, ter presenciado um dos abusos e não ter denunciado o irmão à polícia.
A prisão foi realizada pela equipe da Delegacia de Porto Alegre do Norte, que conduz o inquérito sobre o caso chocante que abalou a região do Araguaia.
O caso só veio à tona graças à coragem da própria vítima. No dia 2 de setembro, após uma palestra educativa do Conselho Tutelar em sua escola, a menina se sentiu segura para agir. Ao final da apresentação, que abordava justamente o tema de toques íntimos e abusos, ela se aproximou das conselheiras e relatou que aquilo já havia acontecido com ela.
Em depoimento especial, a criança contou que morava com a avó e que os abusos eram cometidos pelo irmão dela, o seu tio-avô. O suspeito morava na casa da frente e se aproveitava dos momentos em que a irmã saía para ficar sozinho com a menina e praticar os atos.
A investigação revelou um detalhe ainda mais grave: a criança relatou que sua avó chegou a flagrar o irmão cometendo o abuso. Na ocasião, ela teria apenas advertido o agressor verbalmente, mas não tomou a providência de denunciá-lo às autoridades para proteger a neta.
Diante da gravidade dos fatos, a delegada Marcella Morisco representou pela prisão preventiva do tio-avô e também da avó da vítima. A Justiça da Comarca de Porto Alegre do Norte acatou os pedidos, decretando a prisão do suspeito e a aplicação de medidas cautelares para a avó. Ela está proibida de deixar a cidade por mais de 15 dias sem autorização judicial e deverá comparecer ao juízo a cada dois meses.
O mandado de prisão contra o tio-avô foi cumprido na manhã de sexta-feira (12) em Canabrava do Norte. Ele foi encaminhado para exames de corpo de delito e, em seguida, para a Cadeia Pública de Porto Alegre do Norte, onde permanecerá à disposição da Justiça.
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